sublinhar

segunda-feira, novembro 24, 2003

H

Passei agora, a caminho de casa, pela porta do hospital, e vi uma mulher que saía do hospital de carro. A mulher chorava, ou melhor, tentava segurar as lágrimas num esforço mal sucedido. Os olhos mostravam não dor mas uma espécie de incerteza dolorosa. Demorou a arrancar, e enquanto isso, olhava em redor como um naufrago em pleno mar procurando uma bóia. Dor, dúvida, esperança... Aquele rosto era mais que o rosto de uma mulher, era um tratado de emoções humanas.