sublinhar

sexta-feira, novembro 21, 2003

Lembras-te

Eu bem sei que por vezes deixo a vida lá fora, e no meu refúgio secreto penso viver qualquer outra coisa a que por comodidade também chamo de vida. Sei bem, que te afastei de mim, pelo medo de mergulhar num mar de emoções que reconheço incontroláveis. Sei bem, que naquela tarde em que eu te recusei a palavra: amo-te, e tu desististe para sempre de mim, não foi a minha timidez que viste mas sim o meu medo. Sei bem, que tu também o soubeste, e sei que por isso partiste. Agora, é eternamente tarde de mais. E tu és tu, longe de mim, e eu sou eu longe de ti. E ambos somos sempre longe. Acabou o tempo em que poderí­amos parar o mundo, e submeter todos à  nossa paixão.
Adeus, então. Mando-te beijos, para aí, para a terra do sempre.