sublinhar

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Desenho a tua ausência
O que me dói não tocar o telefone a esta hora. Sim, porque a esta hora da noite ou se anunciam desgraças ou se fala de amor. E eu quero falar de amor. Quero?

No meu intimo a resposta: Não sei…

Saberei?

Quem sabe.

Se a tua voz cortar o muro de silêncio que palavras desabrocharão dos meus lábios?

No meu intimo a resposta: Não sei…

Saberei?


(como posso saber se estas palavras são eu ou apenas um desenho bonito no ecrã?)


Não sei.


Também não sei o que saberia eu se os meus braços te envolvessem

(Talvez sentisse um arrepio na pele)
(Talvez nada)

(Não o saberei nunca, pois não?)

CONFIDENCIAL: Por vezes parece-me que há um movimento ligeiro do teu corpo na minha direcção. Estarei a imaginar?

No meu intimo a pergunta: e que movimento ligeiro do teu corpo pode impedir a minha queda?

Nenhum.

Se me queres. Agora.

Atira o teu corpo na direcção do meu. Despenha-te sobre mim. Eu seguro-te. Para sempre.

(Não conhecerei o sempre, pois não?)


…como me dói ver a tua imagem reduzida a um telefone silencioso.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]



<< Página inicial