...
“Foi depois de uma dessas inspecções que Clara se viu sem reservas para a espera, o risco diário. Tinha o marido e um filho adolescente em Brinnlitz, mas agora pareciam-lhe mais distantes que os canais do planeta Marte. Não conseguia imaginar Brinnlitz, ou eles lá. Cambaleava pelo campo das mulheres, à procura dos fios eléctricos. (..)
(…) Quando viu uma conhecida de Plaszów, uma mulher de Cracóvia como ela, Clara saltou-lhe para a frente: “Onde fica a cerca electrificada?”, perguntou-lhe. Para o seu cérebro perturbado, era uma pergunta razoável, e Clara não tinha a menor dúvida que a amiga, caso não tivesse algum sofrimento fraternal, iria indicar-lhe o caminho preciso para a cerca. A resposta que a mulher deu a Clara era igualmente louca, mas tinha um ponto de vista fixo, um equilíbrio, um núcleo perversamente são.
“Não te mates contra a cerca, Clara”, disse-lhe a mulher. “Se o fizeres, nunca saberás o que aconteceu.”
in A Lista de Schindler, Thomas Keneally
[in I.D.]
(…) Quando viu uma conhecida de Plaszów, uma mulher de Cracóvia como ela, Clara saltou-lhe para a frente: “Onde fica a cerca electrificada?”, perguntou-lhe. Para o seu cérebro perturbado, era uma pergunta razoável, e Clara não tinha a menor dúvida que a amiga, caso não tivesse algum sofrimento fraternal, iria indicar-lhe o caminho preciso para a cerca. A resposta que a mulher deu a Clara era igualmente louca, mas tinha um ponto de vista fixo, um equilíbrio, um núcleo perversamente são.
“Não te mates contra a cerca, Clara”, disse-lhe a mulher. “Se o fizeres, nunca saberás o que aconteceu.”
in A Lista de Schindler, Thomas Keneally
[in I.D.]
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