Porque nem o que sou eu conheço totalmente
Porque nem o que sou eu conheço totalmente. Porque mesmo para mim existem dúvidas sobre os actos quotidianos que faço, sobre as profundezas, e a história, daquilo que sinto. Porque em certa medida somos também desconhecidos para nós próprios.
Eu sei, por experiência própria, que é possível encontrarmos respostas falsas às perguntas que fazemos sobre nós. Que é possível inventar um passado que “justifique” intimamente aquilo que fazemos. Não é desejável e acontece ou, pergunto-me, é inevitável que aconteça? Não sei, sinceramente não sei. Porque a verdade, sobre nós e sobre os outros, não é imutável.
E isto não é a justificação de mentira nenhuma que eu precise justificar. Não me lembro de qualquer mentira, nesse sentido vulgar, que tenha cometido e necessite de justificação. Há algo de mais intimo e diáfano na mentira de que falo.
Reparem: encontrem um medo, um qualquer medo que não uma fobia, pensem sobre ele. De onde vem? Que caminho percorreu em vós? Porquê esse e não outro? Agora recusem essa resposta que deram, a primeira resposta é só a resposta construída ao longo dos anos, faz também parte do processo de esquecimento. Agora pensem analiticamente e tentem encontrar outra resposta honesta. Esse é o primeiro passo para criar uma falsa história do que foi, do que nós fomos. A verdade é apenas uma provisória premissa que sustentamos porque nada mais no sustentará a nós se a esquecermos. Não podemos viver sem ela, mas não sabemos o que ela é exactamente.
Eu sei, por experiência própria, que é possível encontrarmos respostas falsas às perguntas que fazemos sobre nós. Que é possível inventar um passado que “justifique” intimamente aquilo que fazemos. Não é desejável e acontece ou, pergunto-me, é inevitável que aconteça? Não sei, sinceramente não sei. Porque a verdade, sobre nós e sobre os outros, não é imutável.
E isto não é a justificação de mentira nenhuma que eu precise justificar. Não me lembro de qualquer mentira, nesse sentido vulgar, que tenha cometido e necessite de justificação. Há algo de mais intimo e diáfano na mentira de que falo.
Reparem: encontrem um medo, um qualquer medo que não uma fobia, pensem sobre ele. De onde vem? Que caminho percorreu em vós? Porquê esse e não outro? Agora recusem essa resposta que deram, a primeira resposta é só a resposta construída ao longo dos anos, faz também parte do processo de esquecimento. Agora pensem analiticamente e tentem encontrar outra resposta honesta. Esse é o primeiro passo para criar uma falsa história do que foi, do que nós fomos. A verdade é apenas uma provisória premissa que sustentamos porque nada mais no sustentará a nós se a esquecermos. Não podemos viver sem ela, mas não sabemos o que ela é exactamente.
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