sublinhar

segunda-feira, julho 05, 2004

Fragmentos

A este silêncio está subjacente um mundo de inúmeras palavras que desafiam a cada segundo a


Não encontro palavras para te dizer o que quero dizer. Não sei que reflexo me faz

Procuro nas palavras de um poeta, qualquer, a verbalização de isto. Mas o que é isto? Existe? AS minhas palavras, são imagens?, sobrepõem-se desordenadamente. Diz-se que penso mas se escrever: Que um túnel é atravessado pelo nada e eis como me sinto, sozinho: vazio. Ou: As paredes quase não existem, assim como não existe o teu corpo, quase memória de quê? Conheço-te desde aonde? Como nos encontramos antes de existirmos?
Estas palavras, diz-se: pensamentos, são toda a lucidez possível e o medo insiste em existir por aqui.

Aviso

Que não sei o que é o amor, nem onde se esconde. Que não sei amar

Tenho medo de não saber em que momento devo parar de pensar que tu existes. Ou, se tu existes, em que momento devo parar para pensar que tu existes. Talvez a vida seja apenas isto: trabalhar demasiadas horas por dia e esquecer. Mas é precisamente isto que a vida não pode ser. E talvez existas mesmo e eu sou incapaz de saber o que quer isso dizer. Espero que perdoes os meus silêncios, se existes, e mesmo que não existas espero que perdoes também.
Apetece-me tanto saber que tudo existe, que o mundo é belo, que eu sorrio. Mas onde está tudo isto, tão longe.

Gostava de poder segurar o teu corpo de encontro ao meu, há até uma memória de isso num tempo que nunca existiu. Gostava de te encontrar de novo, porque por certo nos encontramos já tantas vezes, e dizer-te quase como quem ama: voltaste. Quem diria que um milhão de tempos e a distância fariam uma distância num só tempo.

É neste preciso momento, entre milhões de anos do passado e milhares de anos de futuro que te encontro neste espaço indefinido e te digo:

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