Memória #1
“«O poder da memória é prodigioso», observava Santo Agostinho. «É um santuário imenso, imensurável. Quem poderá sondar as suas profundezas? E, no entanto, é uma faculdade da minha alma. Embora faça parte da minha natureza, o certo é que eu não posso compreender tudo aquilo que sou. Isto significa, portanto, que a mente é demasiado estreita para se conter inteiramente a si mesma. Mas onde está a parte da mente que a própria mente não contém? Estará algures fora da mente ela mesma e não dentro dela? Nesse caso, como poderá fazer parte da mente, se não é contida nela?»”
Paul Auster, Inventar a Solidão
Paul Auster, Inventar a Solidão
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial