Mais um texto longo, desnecessariamente
Não me lembro quando e porquê escrevi a primeira vez a frase: Gostava de criar uma ilusão e viver nela. Lembro-me que esta frase fazia parte de um diálogo numa história acerca de um homem para quem o tempo não existia, os dias para ele não se desenrolavam pela ordem habitual, quase como se lhe tivessem sido dados uma quantidade de dias para viver mas estes em vez de seguirem uma sequência lógica, ou pelo menos habitual, eram vividos de forma completamente aleatória, hoje tinha 12 anos amanhã tinha 34, hoje era agosto amanhã novembro. Bem isto a propósito da frase, que na altura, confesso, tinha um significado mais utópico do que aquele que hoje lhe posso atribuir, agora a frase assume um alarme mais prático, é que tantas vezes sou tentado a "fugir" para uma qualquer ilusão que me proteja daquilo que quero que convém recordar constantemente que só possuímos realmente aquilo que realmente queremos. Ainda anda também por aqui a angústia da vida sem sentido desse homem perdido no tempo, sem projecto, sem esperança. Penso muitas vezes que tudo se ressume à experiência e à memória dos momentos felizes e fugazes que vivemos.
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