Momento
É fácil esquecer-me de escrever um trabalho apenas porque li o que escreveste e me apeteceu fugir daqui, deste lugar-trabalho, onde, perdido, esqueço outras coisas. Ainda assim divirto-me algures no meio desta confusão de pressa rotineira e um sem-sentido tudo-fazer, e escrevo quase como quem se redime. Sem me reler, como quase sempre faço. Gostava de hoje, por exemplo, ser espiritual, para que tudo isto fizesse sentido, um qualquer sentido, sentido-nenhum. Estou aqui, e aqui é longe. Mas nem tudo é esta…sonolência?...que caminha. Hoje estou, podem reparar, algures parado no meio de nada julgando poder encontrar alguma coisa em lado nenhum. Tantas palavras são assim propositadamente montadas apenas porque o jogo dos meus dedos com o teclado me diverte e saber que nem tudo existe aqui neste espaço físico m e faz bem. Hoje imaginei-te a sorrir, talvez por causa de alguma coisa do que escreveste. Não sei, não entendo, não te entendo. Sei que estou longe, será que cada vez mais longe? Também isso não sei. É fácil fazer do quotidiano o palco de todo o esquecimento, é ainda mais fácil quando todos nos solicitam para tudo e a memória insere-se também no espaço do terrível. Este ano tem sido pródigo em acontecimentos e o tempo não é de reflexão. Se pensasse explodia. Portanto agora….agora é apenas tempo de um minuto para a frente um minuto para trás…o espaço confinado do silêncio.
Gostava de romper esta barreira mas não sei quando nem como….
Gostava de romper esta barreira mas não sei quando nem como….
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