Free fall
Caminho por um espaço invertido, o chão é de nuvens e acima de mim pende como um tecto uma enorme montanha invertida. Enquanto caminho falo com alguém que nunca aparece, na verdade nem responde quando o interpelo, mas existe e está lá. Alguns passos após o começo do sonho, enquanto falo, caio num buraco entre as nuvens, o corpo desce e no mesmo momento o mundo em redor volta a uma posição normal e estou a cair precisamente na direcção da montanha que ainda agora estava por cima de mim. No momento em que julgo que vou cair até ao chão, surge uma mão que segura minha, atrás dessa mão (só consigo ver até ao ombro todo o resto, a existir, está escondido por uma nuvem) um voz faz uma pergunta que eu não entendo. Aparentemente espera uma resposta que sou incapaz de dar. Depois, suponho que insatisfeito com a falta de resposta, a mão abre e volto a cair. Em volta tudo fica escuro e apenas uma luz lá em baixo sinaliza o local de embate: um enorme circulo com um H no centro. Antes de embater no solo acordo. A primeira coisa que penso é que estou vivo. A segunda, com ironia, é que o meu cérebro até a dormir é incapaz de encontrar metáforas menos banais.
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