O Paraíso na Outra Esquina
Acabei de ler “O Paraíso na Outra Esquina” há alguns dias, como devem ter notado pelo fim dos posts com quadros do Paul Gauguin, e já na altura me apetecia escrever algumas coisas sobre ele mas não foi possível, por isso volto ao assunto.
O livro retrata o período final da vida de duas personagens reais – Gloria Tristán e o seu neto Paul Gauguin. Duas pessoas que buscam a ideia (diz-se o ideal) de um paraíso terrestre – a avó procura-o na União dos Trabalhadores e o neto na busca de uma ilha selvagem não corrompida pela decadente cultura europeia. Escusado será dizer que ambos falham nessa busca. Este é portanto um romance sobre o séc. XIX, sobre a ideia de ideal e sobre demanda por esse ideal, ou seja, sobre um mundo incompreensível para nós.
Neste romance Vargas Llosa retrata essas duas personagens com o carinho que votamos a esses nossos antepassados que ousaram sonhar com essa, digamos para facilitar, ingenuidade. Mas nós hoje sabemos que o final de todas essas utopias foi sangrento, e já não podemos (conseguimos? queremos?) sonhar assim. Hoje já não conseguimos antever o paraíso ali na outra esquina. O paraíso está-nos vedado, definitivamente.
O livro retrata o período final da vida de duas personagens reais – Gloria Tristán e o seu neto Paul Gauguin. Duas pessoas que buscam a ideia (diz-se o ideal) de um paraíso terrestre – a avó procura-o na União dos Trabalhadores e o neto na busca de uma ilha selvagem não corrompida pela decadente cultura europeia. Escusado será dizer que ambos falham nessa busca. Este é portanto um romance sobre o séc. XIX, sobre a ideia de ideal e sobre demanda por esse ideal, ou seja, sobre um mundo incompreensível para nós.
Neste romance Vargas Llosa retrata essas duas personagens com o carinho que votamos a esses nossos antepassados que ousaram sonhar com essa, digamos para facilitar, ingenuidade. Mas nós hoje sabemos que o final de todas essas utopias foi sangrento, e já não podemos (conseguimos? queremos?) sonhar assim. Hoje já não conseguimos antever o paraíso ali na outra esquina. O paraíso está-nos vedado, definitivamente.