Quem amamos?
Ontem no programa “Estes difíceis amores” na NTV ouvi, pela voz do Dr. Júlio Machado Vaz e com a concordância da Dr. Gabriela Moita, a teoria segundo a qual a nossa capacidade para amar não está dependente do sexo da outra pessoa. Ou seja, naturalmente nós amamos um ser humano individual, e esse amor não depende do sexo dessa pessoa. Esta ideia parece-me certa, intuitivamente certa, mas é claro que a tradição cultural, e isso foi salientado por ambos, nos impõe padrões de comportamento que bloqueiam esses sentimentos. Eu próprio, apesar de considerar a teoria plausível, nunca senti qualquer atracção por uma pessoa do meu sexo, o que só confirma que mesmo conscientes dos bloqueios que nos foram impostos temos dificuldade em agir contra eles.