Este é o caminho dos sonhos, palavras.
Este é o caminho dos sonhos, palavras. Como quando me invade o sentimento de que toda a minha vida até hoje não passa de um prólogo demasiado longo de um livro demasiado complicado. E depois mais palavras, como numa tarde de sol em que conversamos apenas sobre nada com a vaga sensação de podemos, ou será poderíamos?, qualquer coisa de indefinido. Ou então, e isto tenderá a ser mais importante, ou mais importante que tudo não sei, como quando a tua voz invadiu o espaço profundo e frio do Inverno e eu soube tantas coisas diferentes que talvez não soubesse nada então. Ou hoje, como qualquer outro dia que existe independente de tudo, e as palavras se evadem em silêncio cruzando a fronteira de um gesto. O que sei agora alguns meses depois? Descubro que a morte existe mais perto de tudo, descubro que as muitas e tão subtis coisas do sentimento se confundem em cada segundo que passa, descreio no eterno (para sempre?) e que hoje é o dia, simplesmente isso. Estas palavras são o caminho do sonho mas também o rasto até ele, a poeira de futilidades e dor por baixo da felicidade. Só a felicidade, aliás, não sei ainda o que é.
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