As minhas lembranças, outras.
O poeta* escreve:“Deveria lembrar-me de lembranças minhas, mas lembro-me de lembranças alheias (lembranças de pessoas que nunca conheci nem nunca me conheceram).”
O poeta* escreve:“Lembro-me que comprei por esses dias, uma camisola castanha, de lã, e de que pensei então: «A quem falarei agora de todas as coisas sem importância?» A solidão é uma sôfrega evidência, alimenta-se de pequenos materiais, de circunstâncias e de passagens, devorando a vida por onde ela é mais óbvia: por dentro.”
* Manuel António Pina - "Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança"
O poeta* escreve:“Deveria lembrar-me de lembranças minhas, mas lembro-me de lembranças alheias (lembranças de pessoas que nunca conheci nem nunca me conheceram).”
O poeta* escreve:“Lembro-me que comprei por esses dias, uma camisola castanha, de lã, e de que pensei então: «A quem falarei agora de todas as coisas sem importância?» A solidão é uma sôfrega evidência, alimenta-se de pequenos materiais, de circunstâncias e de passagens, devorando a vida por onde ela é mais óbvia: por dentro.”
* Manuel António Pina - "Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança"
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