sublinhar

sexta-feira, abril 02, 2004

Cais deserto

Parte o barco rumando sem destino,
enquanto no cais apenas sombras se despedem
rostos adivinhados, fugidios e secretos,
de palavras penduradas em arame fino.
A dor reside na partida deste nunca,
à descoberta de um infinito desejo,
e encontrar, esse é o sem dúvida o ensejo,
de quem parte do nada para o nada.
Que a tua luz brilhe, e que eu procure,
ou que no desencontro permaneça o naufrágio,
por tudo isso pode esperar quem navega
nada esperando.

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