Este é o som das palavras, silêncio.
"Amanhã, depois de amanhã...depois
de amanhã...é assim que de dia para dia,
a pequenos passos, vamos deslizando até à
última sílaba do tempo; todos os nossos
ontens foram outros tantos loucos que nos
abriram caminho para a poeira da morte.
A vida é apenas uma sombra que se move; um pobre
actor que dá cabriolas e se agita durante uma
hora, em cena e de que se não torna a ouvir falar.
É um conto narrado por um idiota,
um conto cheio de barulho e de fúrias,
mas que nada significa."
Shakespeare, "Macbeth"
Acontece por vezes o homem sentado a meio da noite na cozinha de sua casa, enquanto fuma um vago cigarro, perguntar-se a si próprio sem nenhum propósito filosófico nítido: de que serve tudo isto?
Certo é o homem, sentado a meio da noite na cozinha de sua casa, desistir muitas vezes de pensar o porquê dessa absurda realidade: o eu.
Claro que ele está sozinho em casa e não é nítido para ninguém que procure não estar exactamente assim, sozinho nessa casa.
Mas imaginem, o homem levanta-se, digere-se lentamente para o quarto e quando abre a porta pensa: provavelmente a existência não existe sem algum significado. Será que é a cada um de nós que cabe atribuir esse significado sobre a história ainda tangível do que vivemos?
Reparem com atenção, o homem deita-se longe das certezas e imagina que será sempre assim. Porquê? Talvez porque esse mesmo passado ainda isento de significado conduza a este preciso momento de solidão e a pergunta seja, mais que um eco de um pensamento antiquíssimo, a solução para um futuro. O futuro pensa o homem, é um conjunto de passos incertos rumo a esse significado que, no fundo, não existe. Talvez por isso, o homem antes de adormecer pense: se persigo aquilo que chamam o momento eterno, talvez não seja apenas porque me guia o instinto do lugar-comum, talvez seja antes porque procuro alguma coisa que transcende, em ti, o lugar, o tempo, ou de outro modo a vida.
Este mesmo homem, quando acorda de manhã e se dirige titubeante para o emprego pensa ainda: qual o espaço em mim que tu podes ocupar? E a si próprio responde: o todo, o único espaço que possuo.
de amanhã...é assim que de dia para dia,
a pequenos passos, vamos deslizando até à
última sílaba do tempo; todos os nossos
ontens foram outros tantos loucos que nos
abriram caminho para a poeira da morte.
A vida é apenas uma sombra que se move; um pobre
actor que dá cabriolas e se agita durante uma
hora, em cena e de que se não torna a ouvir falar.
É um conto narrado por um idiota,
um conto cheio de barulho e de fúrias,
mas que nada significa."
Shakespeare, "Macbeth"
Acontece por vezes o homem sentado a meio da noite na cozinha de sua casa, enquanto fuma um vago cigarro, perguntar-se a si próprio sem nenhum propósito filosófico nítido: de que serve tudo isto?
Certo é o homem, sentado a meio da noite na cozinha de sua casa, desistir muitas vezes de pensar o porquê dessa absurda realidade: o eu.
Claro que ele está sozinho em casa e não é nítido para ninguém que procure não estar exactamente assim, sozinho nessa casa.
Mas imaginem, o homem levanta-se, digere-se lentamente para o quarto e quando abre a porta pensa: provavelmente a existência não existe sem algum significado. Será que é a cada um de nós que cabe atribuir esse significado sobre a história ainda tangível do que vivemos?
Reparem com atenção, o homem deita-se longe das certezas e imagina que será sempre assim. Porquê? Talvez porque esse mesmo passado ainda isento de significado conduza a este preciso momento de solidão e a pergunta seja, mais que um eco de um pensamento antiquíssimo, a solução para um futuro. O futuro pensa o homem, é um conjunto de passos incertos rumo a esse significado que, no fundo, não existe. Talvez por isso, o homem antes de adormecer pense: se persigo aquilo que chamam o momento eterno, talvez não seja apenas porque me guia o instinto do lugar-comum, talvez seja antes porque procuro alguma coisa que transcende, em ti, o lugar, o tempo, ou de outro modo a vida.
Este mesmo homem, quando acorda de manhã e se dirige titubeante para o emprego pensa ainda: qual o espaço em mim que tu podes ocupar? E a si próprio responde: o todo, o único espaço que possuo.
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