apenas um post antes de adormecer
É uma e trinta, madrugada, uma hora absurda para estar, de novo, repetindo o absurdo de outros momentos, em frente a um iluminado ecrã e rente às palavras. Aqui, como se o espaço fosse ainda algo de verificável, agora que por todo lado existes, ainda que antes se dissesse longe e agora apenas se saiba dizer por aí. Indefinido. No entanto tocas-me, não agora, ou também agora, muitas vezes, repetindo: de diversas formas. Talvez por isso faça sentido, parado, os dedos lestos sobre o teclado preto, e as palavras-sombra que os meus olhos entendem a meia-luz. Estas palavras, sabes, vogam por cima de pausas violentas, ritos esquecidos de alheamento, para lá do rio da memória esquecida, para lá das porções urgentes de terra inexistente, para lá do mundo silencioso. Suspeito que falo apenas do que existe, esqueço por isso o espaço físico que destrói, e vivo para além das vagas esperanças do que sonho. Lembro o “Sonho de Colombo”, o azul talvez, ou Gala no estandarte, ou o sonho, o esforço, a persistência. Com o correr das palavras penso que talvez fale apenas do futuro, para lá, além, amanhã, sempre...
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