sublinhar

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Memórias de papel (9)
Sinto que em mim nasce um novo ser que sorri,
Há já prazer neste divertimento oco e desagradável.
Na minha pele já não escorre o suor de sangue
E o mundo todo parece-me belo se existisse.

Hoje, mandaram a ordem para me manter lá em cima,
na torre de controlo,
a das mil caixas multicolores e das jóias irreais.
Deus deixou de existir,
mataram também a ciência, a nova ideia.

Nada sobrou.
Apenas os teus olhos. Sempre os teus olhos.

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