sublinhar

sexta-feira, abril 30, 2004

Quotidiano [uma mão cheia de nada]

Fui almoçar, regressei, pelo caminho apanhei alguma chuva. Nem a boa refeição espantou a minha indolência de hoje. Estou tão calmo que me parece que andei a tomar anti-depressivos em doses exageradas. Mas não, nem um. Sinto algo que se assemelha a felicidade. Talvez porque gosto de estar a esta hora aqui no escritório, não está cá mais ninguém, a porta está fechada porque ainda não é hora de abrir, e esta calma inunda tudo. Não falta até o rádio dos funcionários do andar de baixo, que a esta hora ouço perfeitamente, e que fica durante toda a hora de almoço, incansável, a debitar música pimba de uma qualquer rádio local. Isto não é o que eu sempre sonhei, não faz mal porque a realidade sempre me agradou mais do que o sonho. Devem estar a pensar o que vos interessa estas coisas, isso não sei responder, apetece-me escrever assim, e cá está.
Tive que me interromper outra vez porque um cliente telefonou para a empresa lá de baixo, que só abre às duas, lá fui eu atender o telefone, nada de mais, só uma encomenda.

Estava a tentar lembrar-me o que ia escrever hoje de manhã, sei que era algo deste género, por isso calculo que não faça diferença escrever ou não. Agora vou sair, volto já.

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