35. [Diário..]
A segunda pessoa
Quando me apetece escrever sem esse condicionalismo de verificar cada palavra, cada sentido, cada frase, cada ulterior significado do que digo, e ainda assim me apetece ser ouvido, escrevo aqui. Talvez por isso estes textos sejam mais caóticos do que quaisquer outros, mais cheios de significados divergentes, mas cheios de mim. Sempre me questionei sobre a motivação de tudo isto, de todas as palavras, e sempre soube que não ambiciono o eterno mas apenas o presente. O teu nome. Talvez essa seja toda a ambição. Saber os segredos da tua voz, porque quem chamas, o que queres, quais os teus segredos. Quero conhecer tudo do mundo, mas o mundo não é o mundo mas sim tu. A ti se reserva toda a minha curiosidade, todo o meu desejo de saber, toda a minha empatia, toda a felicidade, e porque não todo o medo também. Tentei afastar-te, amolgando-te entre as demais pessoas, não resultou. Ou talvez tenha resultado e tu tenhas realmente partido. Reconheço que não sei, que me aflige, que gostava de saber. Que te pergunto: ainda estás aí?
Sabes, sim é só a ti que conto, gosto especialmente de escrever assim, sem parar para pensar se faço sentido, se as frases ligam umas com as outras, se a música está presente no que escrevo. Agora lembrei-me que nem sei se lês o que escrevo aqui.
No outro aqui físico, está tudo silencioso, nem o telefone toca a esta hora, sou iluminado pela luz do monitor e não resisto ao fascínio das palavras. Aqui, eu tão perto de mim, num desfiar de pensamentos desligados, quase ao sabor do sono. Esta noite, outras noites. Agora vou deitar-me, ouvir música. Até amanhã.
Quando me apetece escrever sem esse condicionalismo de verificar cada palavra, cada sentido, cada frase, cada ulterior significado do que digo, e ainda assim me apetece ser ouvido, escrevo aqui. Talvez por isso estes textos sejam mais caóticos do que quaisquer outros, mais cheios de significados divergentes, mas cheios de mim. Sempre me questionei sobre a motivação de tudo isto, de todas as palavras, e sempre soube que não ambiciono o eterno mas apenas o presente. O teu nome. Talvez essa seja toda a ambição. Saber os segredos da tua voz, porque quem chamas, o que queres, quais os teus segredos. Quero conhecer tudo do mundo, mas o mundo não é o mundo mas sim tu. A ti se reserva toda a minha curiosidade, todo o meu desejo de saber, toda a minha empatia, toda a felicidade, e porque não todo o medo também. Tentei afastar-te, amolgando-te entre as demais pessoas, não resultou. Ou talvez tenha resultado e tu tenhas realmente partido. Reconheço que não sei, que me aflige, que gostava de saber. Que te pergunto: ainda estás aí?
Sabes, sim é só a ti que conto, gosto especialmente de escrever assim, sem parar para pensar se faço sentido, se as frases ligam umas com as outras, se a música está presente no que escrevo. Agora lembrei-me que nem sei se lês o que escrevo aqui.
No outro aqui físico, está tudo silencioso, nem o telefone toca a esta hora, sou iluminado pela luz do monitor e não resisto ao fascínio das palavras. Aqui, eu tão perto de mim, num desfiar de pensamentos desligados, quase ao sabor do sono. Esta noite, outras noites. Agora vou deitar-me, ouvir música. Até amanhã.
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