sublinhar

quarta-feira, maio 19, 2004

Mais um amontoado de palavras

Se simplificarmos as regras do desejo, explicaremos tudo? E estes passos circulares estão antes ou depois de tudo?
Apetece-me pensar apenas o absurdo e retirar daí uma conclusão qualquer.

Não direi que te amo ainda. Nem que te esqueço sempre. Não te amo nem te esqueço, isso é tudo?
Poderia ponderar sobre os artefactos que constituem a memória física de um encontro, mas não o faço. Não me apetece, não posso, reduzir-te a uma lembrança baça em forma de bloco de folhas.

Sabes? para mim és o rio… e não é difícil chorar quando passo por ti. Mas tu foges sempre, foges tanto…eu por mim espero o esquecimento. Ou outra coisa qualquer.

Hoje, agora, é tão outro dia. Apetecia-me ouvir a tua voz mas sinto apenas o murmúrio das águas ao longe…deixa que me esqueça e eu esqueço. Preferes que morra, e eu não morro porque não sei morrer de amor. Tenho apenas o que sou, não é muito, serve?

Preferia o silêncio sempre a estas palavras em forma de…nem eu sei. És, gostava que fosses sempre. Apenas isto, quase como quem se despede.

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