Caminho lento, palavras pequenas, um raio de sol
Nunca sei se gosto do barulho do trânsito ou se preferia o cantar dos pássaros nestas ruas do centro da cidade. Entretém ver as pessoas que passam, um mar de rostos repetidos porque quase todas elas, tal como eu, percorrem estes mesmo caminhos todos os dias. E agora, no segundo andar de um edifico degradado que se projecta de vez em quando sobre os outros (literalmente) continuo a apreciar esses movimentos contraditórios. Há quem chame destino a passar pela mesma rua todos os dias, em direcção ao mesmo emprego e de novo para a sempre igual casa. Há quem consiga sentir que tudo se resume a isso. Talvez seja verdade. Para quê procurar mais se tudo é tão provisório. Como se um dia fosse possível encontrar a verdade sobre um facto qualquer. Eu, por mim, insisto em perguntar, vezes sem conta, e não me sinto capaz de abdicar disso. Só porque sim, simplesmente.
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