colagem
incluo aqui, absurdamente, os sinais do corpo. essas tatuagens de que não vos posso falar. memórias inscritas na textura da pele, no respirar, na pausa antes de chorar. como dizer que há músicas gravadas no lugar onde existem os meus braços, junto a eles, como sinais vibrantes de uma história. minha. como falar dos orgasmos que ainda respiram no meu corpo, como no poema, no passado.
ruínas. como as de um texto sobre um prisioneiro dos seus gestos.
ruínas. como as de um texto sobre um prisioneiro dos seus gestos.
fico horas entre as palavras. leio. como se fosse um movimento do corpo.
incluo aqui os sinais do corpo. essas memórias tatuadas na nossa pele. como quando esbarramos contra a ponta da mesa de vidro ou, simplesmente, olhamos a meio da tarde a mulher do passado que passa, presente, na rua.
a memória existe colada ao nosso corpo. outro orgasmo, o pedaço de tabaco num cigarro sem filtro, as lágrimas, outras lágrimas, o riso e a letra de uma música.
incluo aqui os sinais do corpo. impulsos eléctricos. de repente choro apenas porque sim, esse é o momento. ou rio. tanto faz. penso com palavras emprestadas: “para compreender, destruí-me. compreender é esquecer de amar.” é só isso. penso. persiste a véspera de despertar. como persiste a vontade, irresistível, de escrever.
a memória existe colada ao nosso corpo. outro orgasmo, o pedaço de tabaco num cigarro sem filtro, as lágrimas, outras lágrimas, o riso e a letra de uma música.
incluo aqui os sinais do corpo. impulsos eléctricos. de repente choro apenas porque sim, esse é o momento. ou rio. tanto faz. penso com palavras emprestadas: “para compreender, destruí-me. compreender é esquecer de amar.” é só isso. penso. persiste a véspera de despertar. como persiste a vontade, irresistível, de escrever.
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