as eleições, outra vez
Há uns meses atrás, um amigo meu, que não estudou Ciência Política, insistia comigo que os liberais são todos de esquerda e apresentava exemplos de todo mundo. Eu ainda tentei explicar que o Liberalismo nasceu dos mesmos senhores que criaram o Liberalismo económico (a não intervenção do estado, o utilitarismo, etc) e que isso era completamente incompatível com ser de esquerda. Que as ideias liberais adoptadas agora pela esquerda surgem todas de pensadores liberais e são, sem excepção, coincidentes com a filosofia de não-intervenção do estado (na economia e na vida pessoal dos cidadãos) e, por isso, podem ser classificadas como incompatíveis com toda a teoria socialista (marxista, etc) relativa à posição do estado na sociedade. Não é por acaso que do BE se ouve o mesmo discurso desde o seu inicio, discurso esse que não contém nunca qualquer referência a grande parte dos principais problemas do país. O BE tem algumas posições conhecidas (e meritórias): o aborto, a liberalização das drogas (suponho que apenas das ditas leves), a que junta um discurso sobre economia que assenta no pensamento do senhor Louçã, cujo o teor, tenho a certeza, 90% dos eleitores do BE são incapazes de explicar. Isto não é um partido mas uma associação de causas breves, causas liberais (que, valha-nos Deus, são originadas desses mesmos diabos que “inventaram” o Liberalismo económico). A questão é que elas são coincidentes com o pensamento deles (dos liberais) e completamente incompatíveis com o dos bloquistas, mas enfim. É que se querem intervenção do estado na economia: com ensino, saúde e sei lá o que mais no aparelho do estado; se recusam as reformas da S.S. no sentido da privatização, se recusam a privatização de seja lá o que for. Como, sendo assim, se pode pedir ao estado que não intervenha no resto da nossa vida? Eu não percebo.
Para mim o estado deve assumir um papel reduzido ao máximo, em tudo: na economia e na vida social. Já para não falar da vida privada onde o estado só pode estar ausente. E isso tem lógica. Agora pedir que me dê dinheiro e uns quantos serviços de borla e em troca pedir-lhe para fazer o favor de não meter o nariz onde não é chamado é, para além de ilógico, completamente irrealista. Nunca ouvi falar de um estado com forte intervenção na economia que não a utilizasse para ter uma forte intervenção na vida social, quando não até na vida privada.
Basicamente é por isto que não gosto do Bloco. E se é muito politicamente correcto ser de esquerda neste país, a mim não me apetece ser politicamente correcto, nunca quis ser e não ia começar agora.
Para quem se lembrar de perguntar: e o que raio fazes tu a votar no PP? É simples: pragmatismo. É que contra o absurdo desejo da esquerda de fazer de cada português um funcionário público (ou semi-público, que isto dos estágio é pago a meias), e com o triste cenário da liderança do PSL, o meu voto fazia, fez, todo o sentido.
Para mim o estado deve assumir um papel reduzido ao máximo, em tudo: na economia e na vida social. Já para não falar da vida privada onde o estado só pode estar ausente. E isso tem lógica. Agora pedir que me dê dinheiro e uns quantos serviços de borla e em troca pedir-lhe para fazer o favor de não meter o nariz onde não é chamado é, para além de ilógico, completamente irrealista. Nunca ouvi falar de um estado com forte intervenção na economia que não a utilizasse para ter uma forte intervenção na vida social, quando não até na vida privada.
Basicamente é por isto que não gosto do Bloco. E se é muito politicamente correcto ser de esquerda neste país, a mim não me apetece ser politicamente correcto, nunca quis ser e não ia começar agora.
Para quem se lembrar de perguntar: e o que raio fazes tu a votar no PP? É simples: pragmatismo. É que contra o absurdo desejo da esquerda de fazer de cada português um funcionário público (ou semi-público, que isto dos estágio é pago a meias), e com o triste cenário da liderança do PSL, o meu voto fazia, fez, todo o sentido.
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