Para manter a distância fértil
Escrevo para que o silêncio recolha o que não
posso alcançar
e na distância intacta estremeçam as pétalas
de uma rosa abolida, de uma rosa fértil.
Que da inextricável rede dos gestos virtuais
se separe aquele que oferece e apaga
o seu percurso abrindo o horizonte de um segredo
incomunicável. É esse o caminho do corpo para o mundo
e o caminho é a pedra em que ensaio o voo branco
a minuciosa pedra feita de signos vazios e extintos fogos.
Mas nela perpassa o grávido desejo na sua urgência alta
e a pedra volve-se cantaria fértil, roseira ardente,
a nascente branca em que o mundo recomeça
com os fugidios talismãs e os frescos sortilégios
que logo se extinguem na dispersão da noite.
O que resta ainda é o perfume do abismo
sobre um teclado vazio
ou um calhau polido
pela fresca violência da ressaca.
posso alcançar
e na distância intacta estremeçam as pétalas
de uma rosa abolida, de uma rosa fértil.
Que da inextricável rede dos gestos virtuais
se separe aquele que oferece e apaga
o seu percurso abrindo o horizonte de um segredo
incomunicável. É esse o caminho do corpo para o mundo
e o caminho é a pedra em que ensaio o voo branco
a minuciosa pedra feita de signos vazios e extintos fogos.
Mas nela perpassa o grávido desejo na sua urgência alta
e a pedra volve-se cantaria fértil, roseira ardente,
a nascente branca em que o mundo recomeça
com os fugidios talismãs e os frescos sortilégios
que logo se extinguem na dispersão da noite.
O que resta ainda é o perfume do abismo
sobre um teclado vazio
ou um calhau polido
pela fresca violência da ressaca.
António Ramos Rosa
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