Terra
Há uma imagem que sempre me ocorre nos momentos em que a vida me parece uma coisa sem muito sentido: a imagem de uma mão pegando num pedaço de terra do solo.
Porque, na verdade, ou somos a mão que agarra a terra ou somos a terra que é agarrada, não há nada para além disso. E não há vida sem essa vontade de sentir a terra na nossa mão, sem vontade de nos envolvermos com ela, sem vontade de nos “sujarmos” enquanto esgravatamos os seus mistérios. Eu não conheço os segredos da vida, nem hoje nem nunca. Mas “sujo-me”, muito.
[Outra palavra é envolvo-me, mas assim perdia-se o húmus da ideia]
Porque, na verdade, ou somos a mão que agarra a terra ou somos a terra que é agarrada, não há nada para além disso. E não há vida sem essa vontade de sentir a terra na nossa mão, sem vontade de nos envolvermos com ela, sem vontade de nos “sujarmos” enquanto esgravatamos os seus mistérios. Eu não conheço os segredos da vida, nem hoje nem nunca. Mas “sujo-me”, muito.
[Outra palavra é envolvo-me, mas assim perdia-se o húmus da ideia]
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