sublinhar

quarta-feira, abril 14, 2004

A vaga ideia de um certeza

Tens razão, não vás mais longe na vontade de conhecer(-te). Espera, faz uma pausa, e procura uma estabilidade qualquer. Talvez seja isso. Relembro(-te) que apenas os olhos abertos permitem ver além do circunscrito mundo que somos. Mas digo(-te): esquece também isso que te lembro.
Por mim continuarei a caminhar, a tropeçar, a cair. O riso encontra-se algures nessa floresta de passos desencontrados, de sombras voláteis que ora surgem ora desaparecem. Não tenho caminho, não quero ter caminho, aliás essa floresta intrincada impede a construção de caminhos fiáveis Tudo se resume a uma ausência do medo. O medo é isto, ou outra coisa qualquer. Decide tu. Já nada disso me interessa.
Procuro o riso, ou uma futilidade qualquer, ou uma sensualidade impossível, ou uma luz, ou um espaço invisível de acalmia, ou, e porque não, o contrário de tudo isto. Eu que nem sei o que é tudo isto. E é tão bom não querer saber, não me interessar por saber. O desconhecimento, o conhecimento, ou dez palavras iguais ou diferentes dessas.
A vida, contra o não haver o que lembrar.

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