Absurda(mente)
Tenho em frente da minha janela dois edifícios antigos, um deles foi recentemente recuperado o outro está bastante degradado. Não gosto nada do edifício recuperado, tem o mesmo aspecto de todos os edifícios que foram recuperados nesta cidade nos últimos anos e nunca deixarei de achar ridícula esta máscara que puseram nestas casas. O outro, por seu lado, fala connosco em cada centímetro da sua fachada, interpela a nossa memória, respira individualidade. Brevemente irá fazer parte desse grupo de fachadas gémeas, ao que parece recuperadas tendo em conta as suas características históricas. O sonho de alguns deve ser ter uma cidade em que todas as casas se assemelhem. Eu continuo a preferir a casa ridícula baseada na fantasia louca de um qualquer emigrante, pelo menos ao olhar para ela sabemos que o mundo também é feito de pessoas e não só de burocratas.
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