o objecto é a minha mão: corta-a
porventura não sabem do que escrevo não faz mal irrita-me que me pontuem sobretudo esta caneta que carrego todo este tempo com o propósito de escrever não sei bem o quê ou o meu corpo e o meu corpo é como a minha caneta que trago sempre comigo disposto a utiliza-la para determinado fim sem sentido na verdade esmero-me na caneta causa-me admiração coloco-a na mão para que saibas na mão direita e com ela escrevo estas frases e outras muitas palavras grandes pequenas palavrinhas que importa escrevo com ela com o corpo sinto sinto-te sinto-me tenho saudades com o corpo ou com a caneta já nem sei tanto faz seguem-me para todo o lado os dois precisamente por isso confundo-os hoje ele o corpo pediu-me para partir a caneta em duas com as mãos duas mas não tive coragem não sei de quê o corpo pede-me futuro a caneta inscreve-se no passado que na verdade não existiu ainda nem existirá entre os dois encontra-se a minha mão a direita um elo por isso te peço corta-a
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