a cidade perdida [reconstrução]
ainda que aquele lugar se enchesse de novo das mesmas caras. o passado. saberia eu distinguir a quem pertence o sorriso que persiste no mesmo lugar desde um dia de natal em que estava sol e as crianças brincavam lá fora? ainda que hoje fosse outro dia, e me inspirasse não sei que memória de um brinde a um músico morto. o passado. saberia eu sorrir esse sorriso que permanece para sempre discreto no agora silêncio daquele lugar? ou, e porque não, as pessoas. ainda que as pessoas se comprimissem entre estas ruas de pedra, como outrora. o passado. saberia eu distinguir-te a ti entre reminiscências do eu ter existido então? há demasiados fantasmas neste lugar. ainda que milhares deles sejam sorrisos meus. tudo me comprime. tudo se esquece e se lembra de novo. hoje foi o teu sorriso, amanhã nem existirás. amanhã será a tua voz, depois de amanhã nem tu existirás. e nesta página de papel existimos todos a um click do silêncio.
[de novo o fim do ano, esta mesma cidade, vultos que passam em pleno dia, memórias de sorrisos e, porque não, uma estrada a caminho daquele lugar]
[de novo o fim do ano, esta mesma cidade, vultos que passam em pleno dia, memórias de sorrisos e, porque não, uma estrada a caminho daquele lugar]
1 Comentários:
click...
bom dia querido amigo. belo, belíssimo texto o teu. tocou-me...beijo
Por blimunda, Às 2:05 da tarde
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