de dentro da minha e da tua angústia
Talvez seja esse o refúgio que procuro, talvez seja essa a secreta luz que me guia. Talvez o teu corpo, ou aquilo a que os sábios chamam a tua alma e o teu corpo, seja o secreto lugar onde existo. Ainda ontem, suponho que ontem seja uma qualquer espécie de antes, pedi que me dissesses, que me prometesses, um amanhã qualquer. E nesse dia, ontem, pensei que apenas tu me podes ser o lugar. Talvez o instante inicial seja, mais que um início, a percepção de um contrário. E eu seja, antes de mim, um pedaço teu de ti. Talvez te diga apenas: existe – eis a única realidade que quero que permaneça.
Edward Hopper, Summer Interior
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